Em 18 de maio é Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e de Adolescentes, data instituída em 2000 pelo projeto de lei 9970/00.
A escolha da data se deve ao assassinato de Araceli, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens neste dia, em 1973, em Vitória (ES). Mesmo com passar de tantos anos, a violência nas estradas ainda é um problema concreto, e motiva iniciativas como o Programa Na Mão Certa, do qual a PBEX é signatária, e que busca ampliar os esforços para acabar com a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.
Desde 2005, o programa conduz um estudo ouvindo o profissional da estrada. Divulgada em abril, a nova edição da pesquisa “Perfil do Caminhoneiro Brasileiro” trouxe uma boa notícia, com a diminuição significativa do relato de envolvimento com a exploração sexual de crianças e adolescentes. Dos entrevistados, 90% não fizeram sexo com esse grupo específico nos últimos cinco anos, já em 2005 apenas 63% afirmavam não terem feito sexo com crianças e adolescentes nos últimos cinco anos.
Mas ainda há muitos desafios,como também apontou a pesquisa. Dos entrevistados, 43% disseram que foram abordados diretamente para fazer um programa sexual com criança ou adolescente, sendo que em 36% dos casos, um adulto ofereceu o programa com a criança. Houve aumento de meninos envolvidos no comércio do sexo, especialmente na condição de transexuais e travestis, e o maior uso da internet nas estradas, via celular, indica que a exploração sexual pode estar migrando para o ambiente online.
Finalmente, o levantamento mostra que grande parte dos caminhoneiros têm conhecimento a respeito de leis e serviços de proteção às crianças e adolescentes. No entanto, esse entendimento é muito maior entre os caminhoneiros das empresas participantes do Programa Na Mão Certa.
A PBEX é uma das empresas que aderem ao pacto do Programa na Mão Certa, idealizado pela Childhood, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) dedicada à proteção da infância e adolescência. Para acessar o estudo completo, basta clicar aqui.
(Maio/2022)
