De janeiro a setembro deste ano, a produção de veículos no Brasil acumula alta de 27% em relação ao mesmo período de 2016, com 1,98 milhões de unidades produzidas, considerando leves e pesados. Até o fim do ano, a Anfavea, Associação Nacional dos. Fabricantes de Veículos Automotores, espera chegar a produção total de 2,7 milhões de unidades, 25% a mais que em 2016, que foi de 2,15 milhões.
O crescimento ainda não é suficiente para novas contratações, mas muitos trabalhadores que estavam afastados por layoff ou pelo PSE (Programa de Seguro-Emprego) puderam retomar seus postos. O que puxa estes números para cima, porém, são os automóveis e comerciais leves. Considerando somente o segmento de caminhões, o volume de licenciamentos em 2017 está 9% abaixo que em 2016 entre os veículos nacionais e 7,4% considerando os importados.
O setor de implementos rodoviários também não tem ainda muito o que comemorar. Embora os números da Anfir - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários apontem uma trajetória de recuperação, o setor está com vendas 13% menores em 2017 do que no mesmo período do ano passado, com 41,6 mil unidades licenciadas.
Mas, para o próximo ano, as empresas parecem estar um pouco mais otimistas. Entre as montadoras que atuam no Brasil, várias têm anunciado investimentos robustos a partir de 2018.
Na Mercedez-Benz, o plano de investimento é de R$2,4 bilhões até 2022, com crescimento esperado em 2018 de 20%.
A cifra divulgada pela Volvo para investimentos na América do Sul é de R$1 bilhão, sendo que praticamente 90% devem se destinar ao Brasil, com modernização da fábrica de Curitiba, desenvolvimento de novos produtos e concessionárias.
O foco dos investimentos da MAN Latin America, dona da marca Volkswagen, serão digitalização e conectividade, renovação da linha de produtos, entrada em novos nichos de mercado, modernização da fábrica em Resende e expansão no mercado internacional. O volume divulgado é de R$1,5 bilhão.
Já o programa de modernização da Scania, projetado para seguir até 2020,exigirá aporte previsto de R$2,6 bilhões.
(Outubro/2017)
