A data de 25 de setembro é considerada como o Dia Nacional do Trânsito e último dia da “Semana Nacional do Transito”, que acontece todos os anos no Brasil, com diversas ações e campanhas para um trânsito mais seguro.
Em 2017, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) definiu o tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito” para acompanhar as ações educativas do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) não apenas no mês de setembro, mas por todo o ano, seguindo as determinações da “Década Mundial de Ações Para a Segurança do Trânsito – 2011/2020”.
A ação responsável do motorista – cumprindo e obedecendo as leis de trânsito - é, sem dúvida, fundamental para um trânsito mais seguro, porém, os desafios para quem trafega pelas rodovias, vão muito além do comportamento individual.
Para começar, vale lembrar que somente 12,3% das rodovias do país têm pavimento, segundo o estudo Transporte Rodoviário – Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos, da CNT – Confederação Nacional dos Transportes. E, em mais da metade das rodovias pavimentadas, buracos, ondulações, fissuras, trincas são problemas corriqueiros, apesar dos gastos altos em manutenção.
Em 2016, 64,3% dos investimentos federais em rodovias foi justamente para ações de recuperação e manutenção, porém, embora tenham vida útil estimada entre 08 e 12 anos, na prática, os pavimentos das rodovias começam a apresentar problemas estruturais muito antes desse tempo.
Entender essa questão também foi foco do estudo da CNT, que concluiu que o país ainda se vale de técnicas ultrapassadas, muitas vezes mal executadas, com pouca fiscalização e pouco investimento nos serviços de manutenção preventiva. O resultado final, para os trabalhadores do setor de transporte de cargas, é que a má qualidade das rodovias gera um custo operacional em média 29,4% maior do que seria necessário se as estradas estivessem em boas condições. A estimativa também é do estudo da CNT, que pode ser visto neste link.
(Setembro/2017)