O alto número de acidentes de trânsito no Brasil tem grande impacto não apenas pelo sofrimento provocado por mortos e feridos, mas até mesmo no seu custo financeiro.
Segundo estudos feitos pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado ao ministério da Economia, o Brasil perde R$ 50 bilhões por ano com os acidentes de trânsito, dados confirmados pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que avalia as perdas em R$ 52 bilhões no ano passado, resultado de 32 mil mortes e 230 mil pessoas com sequelas graves, inclusive invalidez permanente. Rodovias responderam por 80% das mortes e 20% foram em áreas urbanas.
O Brasil conseguiu reduzir em 25% o número de mortos na primeira Década de Ações para a Segurança no Trânsito, estabelecida pela ONU para o período de 2011 a 2022, mas a meta era de 50%. O avanço deveu-se em grande parte pela lei de tolerância zero ao consumo de álcool antes de dirigir e ao aumento da fiscalização, mas novos esforços são necessários para se chegar à meta, renovada com a Segunda Década proposta pela ONU, que vai até 2030.
Na realidade esse é um problema mundial, pois 1,35 milhão de pessoas morrem por ano pelo mundo. Incluindo 50 milhões de sobreviventes com sequelas, o custo financeiro anual atinge US$ 500 bilhões (R$ 2,5 trilhões).
Em homenagem não só às pessoas que perderam as vidas, mas familiares, amigos, equipes de emergência e sobreviventes, o Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito foi criado em 1993, no Reino Unido. Ele acontece sempre no terceiro domingo de novembro, como forma de celebrar a vida. Em 2022, é o 20 de novembro que nos convida a repensar comportamentos de risco no trânsito, pois muitos acidentes podem – e devem - ser evitados.
(Novembro/2022)
