De forma geral, o Brasil é o 7º produtor mundial na categoria de pneus para automóveis e o 5º em pneus para caminhões e ônibus.
Apenas em 2020, ano da pandemia da COVID-19, a indústria vendeu mais de 53,8 milhões de pneus (reposição e equipamentos originais). Os dados mais recente, de 2022, somaram 56,6 milhões de pneus comercializados, ligeira queda em relação a 2021, de 0,2% nas vendas em unidades.
Mais importante que o volume, a indústria de pneumáticos no Brasil serve de exemplo, pois atende a todos os requisitos ambientais nos seus processos de produção. Firmada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (Lei no 12.305/10), que determina a como deve ser a gestão de resíduos nos setores públicos e privados, ainda é um desafio para muitos setores, mas um levantamento da ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) confirmou o recolhimento e destinação de 100% do resíduo sólido – pneu.
Isto quer dizer que todo o volume gerado de pneus após o seu consumo, os chamados de pneus inservíveis, que são aqueles que não possuem mais condições de uso ou reforma, seja de passeio e carga, são recolhidos em todo o Brasil e destinados de forma ambientalmente correta. Somente a indústria nacional de pneus alcança este percentual, indicado anualmente pelo Relatório IBAMA de Pneumáticos.
O sistema é utilizado em mais de 20 países, incluindo Estados Unidos e China, e vêm ganhando espaço de discussões no Brasil, desde a criação da lei (14.157/21), que autorizou esse tipo de cobrança. Na América Latina, o Chile é o único que utiliza o pedágio de passagem livre de forma oficial.
Hoje, esse trabalho de logística reversa é feito pela Reciclanip, entidade criada oficialmente em 2007, mas cuja origem remonta a 1999, quando nasceu o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, implantado pela Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade que representa os fabricantes de pneus novos no Brasil.
(Fevereiro/2023)
