Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), ligado ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Região (Setcesp), indicou que 81% das 41 empresas consultadas já percebem de forma crítica a falta de profissionais especializados.
A quantidade de carteiras de habilitação (CNH) nas categorias C, D e E dá razão à pesquisa: entre 2015 e 2020, o volume de motoristas profissionais habilitados caiu 18% no país e 28% no estado de São Paulo. Outra informação importante: há 10 anos, a maior parte dos motoristas profissionais tinha entre 40 e 50 anos de idade. Hoje, a maioria tem entre 50 e 60 anos.
O cenário é de desequilíbrio pois ao mesmo tempo que a oferta de mão-de-obra tem caído, a demanda por transporte rodoviário de carga segue em crescimento.
Só que este problema não é visto só no Brasil. A Organização Internacional do Transporte (IRU) mostra que a falta de motoristas na Europa aumentou de 23% para 36% em apenas um ano. Entre os motivos para essa baixa procura por lá, estão condições de trabalho degradantes, baixos salários e tempo longe de casa.
(Janeiro/2021)