Percebido no cotidiano de empresas e profissionais que atuam no transporte rodoviário, o aumento dos custos da atividade foi medido oficialmente pelo DECOPE – Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da NTC&Logística.
A entidade apurou que no ano de 2022, a inflação média para o segmento de carga lotação ou fechada foi de 17,01% (INCTL – Índice Nacional de Custos do Transporte de Carga Lotação) e de 10,60% para o segmento de carga fracionada (INCTF – Índice Nacional de Custos do Transporte de Carga Fracionada).
O impacto da alta de preços para o setor foi bem acima da inflação geral do Brasil no ano passado, que foi de 5,59% no ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.
O balanço final do ano para as empresas de transportes paulistas, porém, trouxe boas perspectivas. O Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão de pesquisa parceiro do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), divulgou o relatório “Sondagem do TRC”, um panorama anual que aborda o desempenho do segmento em 2022 e como as transportadoras enxergam o ano de 2023.
Entre muitas informações, o documento destaca que 81% das empresas ouvidas – organizações paulistas membros do SETCESP - apresentaram faturamento positivo no ano passado, com um aumento médio de 16% nos ganhos. O aumento do volume transportado foi de 13,1% e a idade média da frota própria teve redução de 0,5 anos, em dados comparados com 2021.
Em retrospecto, durante o período observado, do mais de 40 mil postos de trabalho ofertados por essas empresas, 42% deles são de motoristas, que representam, em números absolutos, 17.928 colaboradores, sendo 35% de contratação de motoristas próprios e 65% terceiros.
Para o novo ano, o setor deve ter novas contratações. O regime CLT é opção de 51% das empresas respondentes; já 20% preferem a terceirização. A pesquisa ainda detectou que que 37% dos empresários ouvidos têm a percepção de que este ano será dentro do esperado. Uma parcela de 33% acredita que será pior que o ano passado e 27% esperam ter um desempenho melhor.
(Fevereiro/2023)
