A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou, a partir de dados do CAGED, o Painel do Emprego no Transporte para o ano de 2020 e os números mostram que o setor de transporte rodoviário de carga, no fim das contas, contratou mais do que demitiu.
De acordo com o levantamento, no ano passado foram abertos 467.666 postos de trabalho e feitos 415.783 desligamentos, deixando um saldo positivo de 51.883 empregos. O saldo positivo em 2020 supera o de 2019, que foi de 35.563 empregos registrados, com 419.753 contratações e 384.190 demissões. A região Sudeste foi a que mais contratou, com saldo positivo de 23.521, seguida pelo Sul, com 10.177, e o Centro Oeste, com 7.322 postos abertos.
Outra medida, o Índice de Frete e Pedágio Repom (IFPR), concluiu que a demanda geral por fretes rodoviários no Brasil, considerando todos os segmentos, cresceu 7,8% no acumulado de 2020, em comparação com igual período do ano anterior.
No levantamento do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão vinculado ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), os efeitos negativos da pandemia no ano de 2020 ficaram mais evidentes. Ouvindo transportadoras, de pequeno, médio e grande porte, o relatório da pesquisa anual ‘Sondagem do TRC’ trouxe queda de 0,3% no volume transportado em relação a 2019 e capacidade ociosa apresentada em 55% das empresas consultadas. Mas os planos de 2021 seguem otimistas: 76% das transportadoras pretendem investir em novas tecnologias e 96%, em treinamentos para suas equipes.
(Março/2021)
