Em parceria, as fabricantes Toyota e Hino e Daimler e Volvo anunciaram que vão investir na produção de células de combustível para caminhões.
Essa tecnologia converte a energia química do hidrogênio e oxigênio (do ar) em eletricidade, que alimenta os motores elétricos que impulsionam o veículo, num processo que não gera emissão de poluentes. Ou seja: veículos a célula a combustível são veículos elétricos, com a diferença de que as baterias não precisam ser recarregadas na tomada.
A tecnologia é antiga, nascida na Inglaterra em 1839, mas outras fontes de energia vinham sendo priorizadas. Com a crescente preocupação com os impactos dos combustíveis no meio ambiente, ela volta a ganhar espaço. O principal elemento utilizado nas pilhas a combustível é o alumínio, um metal 100% reciclável e que resolveria um ponto crítico nos carros elétricos convencionais, que utilizam baterias cuja produção gera poluição, e tem um processo de reciclagem mais caro e complicado.
A Toyota e sua divisão de caminhões Hino Motors fecharam acordo para desenvolver a célula de combustível para caminhões elétricos. A união entre as companhias aconteceu pela meta de reduzir as emissões de CO2 até 2050. No plano do novo veículo, o objetivo é acomodar as células de combustível e receber modificações para redução de peso. Além da boa autonomia e capacidade de carga, as fabricantes buscam um caminhão que possa ser reabastecido rapidamente, uma característica importante para veículos comerciais.
Duas gigantes do mercado, Daimler e Volvo também anunciaram parceria para desenvolver uma célula de combustível para pesados, reduzindo custos para ambas, e acelerando sua entrada neste mercado. As duas empresas prometem investir 100 milhões de euros no novo projeto, ressaltando que a aliança está aberta a novos membros interessados. O empreendimento vai operar como uma entidade autônoma e independente, com Daimler Truck AG e Volvo Group ainda sendo competidoras no mercado.
(Maio/2020)
