Os dados do setor de transporte registraram o fechamento de 63.762 postos de trabalho entre janeiro e agosto deste ano, de acordo com o Painel do Emprego no Transporte, pesquisa implementada pela CNT e alimentada com informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.
O desemprego no Brasil bateu recorde e atingiu 13,8 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE. Pelo sexto mês seguido, o setor de transporte perdeu postos de trabalho com carteira assinada. No mês de agosto, 1.556. Apesar disso, o número indica melhora na comparação com o mês de abril deste ano, quando foi registrado o auge da crise provocada pela pandemia da Covid-19, com 34.857 vagas perdidas.
Sem grandes perspectivas de reverter significamente o quadro do desemprego num futuro próximo, o setor recebeu com alívio a notícia de que ao menos a desoneração da folha de pagamentos será prorrogada até dezembro de 2021. A medida favorece 17 setores da economia, incluindo o transporte rodoviário de carga que, segundo a Associação Nacional do Transporte (NTC&Logística), sozinho gera 800 mil postos de trabalho.
A desoneração da folha de pagamento ocorreu pela primeira vez em 2011, por meio de medida provisória. Desde então, vem sido prorrogada. Na prática, a continuidade da desoneração significa que alguns tributos devidos pelos empregadores são retirados, e isso diminui os custos mensais com a folha de pagamentos.
(Novembro/2020)
