Divulgado pela Confederação Nacional de Transporte (CNT), o estudo Impactos da Qualidade do Asfalto sobre o Transporte Rodoviário trouxe uma análise técnica sobre o asfalto, cujo preço teve aumento de 108% no Brasil, de setembro de 2017 a fevereiro de 2019. Com esse custo mais alto, ficam mais caras também as obras de construção e manutenção de vias. Como o orçamento do governo é restrito, o resultado é uma redução na realização desses serviços essenciais. No período do estudo, o preço do barril de petróleo subiu 33,3%, o que é um outro fator complicador, pois o asfalto é um derivado do petróleo.
O estudo também aponta também falhas graves na fiscalização da qualidade do asfalto, que hoje é responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além dos perigos e dos inconvenientes de trafegar em rodovias ruins, a baixa qualidade do pavimento traz como consequência elevação nos custos do frete: pavimentos ruins exigem mais manutenção dos veículos, mais gastos com combustível e mais tempo de viagem.
O estudo completo pode ser acessado neste link: https://cnt.org.br/impactos-qualidade-asfalto-transporte-rodoviario.
O documento inclui também algumas propostas, como ampliação da fiscalização da qualidade do asfalto, com mais transparência e atualização das normas especificadoras, e ampliação da oferta, já que atualmente no Brasil somente a Petrobras fornece asfalto e por isso determina seu preço de mercado.
(Agosto/2019)