A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) tem expectativas otimistas para o mercado de caminhões em 2016, mesmo após um ano de muitas complicações. A associação calcula que a demanda por veículos comerciais de carga cresça quase 7% em relação a 2015, chegando a 75 mil unidades emplacadas.
Mesmo que as projeções se concretizem, o mercado é considerado bastante deprimido em relação aos anos anteriores, visto que desde 2007 os volumes de caminhões vendidos no Brasil ultrapassavam 100 mil unidades anuais, o que não ocorreu em 2015, com 64,2 mil caminhões vendidos, de janeiro até o fim da primeira quinzena de novembro. A FENABRAVE estima que em 2016 sejam emplacados 73 mil caminhões.
A entidade reconhece que as taxas de juros baixas praticadas nos últimos anos pelo BNDES, na linha de financiamento para caminhões Finame PSI, criaram uma grande frota subutilizada de veículos novos, comprados para aproveitar o crédito barato. Ainda assim, acredita-se que a safra recorde a ser colhida nos primeiros 6 meses de 2016 pode aquecer novamente as vendas.
Embora as expectativas sejam otimistas, os transportadores permanecem sem perspectivas de melhoras quanto aos próximos anos. Segundo a “Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador”, pesquisa realizada em 2015 pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) com representantes dos modais de cargas e passageiros, 86% dos transportadores entrevistados não confiam na gestão econômica do governo federal, e 49% acreditam que o país só volta a crescer em 2017, enquanto 19,6% acham que a melhora só acontece em 2018.
Quando mencionada a crise na economia, infraestrutura e atividade transportadora, os entrevistados indicaram os principais problemas de crescimento do setor. Para 67,7%, a elevada carga tributária é um grande fator prejudicial. No site da CNT (www.cnt.org.br) é possível acessar a pesquisa completa.
