As vendas de caminhões no Brasil, em 2014, devem ter crescimento semelhante ao de 2013. Neste ano, as vendas acumulam alta de quase 14% sobre o mesmo período de 2012, e a expectativa da associação de montadoras, ANFAVEA, é uma expansão de 8% durante todo o ano.
Com relação à produção, o ano de 2013 já apresenta alta de 51% com relação a 2012. São mais de 132 mil veículos novos, frente aos quase 87,5 mil caminhões do ano passado. A MAN, que fabrica os caminhões de sua marca e da Volkswagen, aparece em primeiro lugar no ranking de vendas, seguida da Mercedes-Benz e da Ford. A Volvo aparece em quarto lugar, seguida da Scania (que cresceu mais de 90% em 2013) e da Iveco.
Os números no Brasil, porém, são muito tímidos se comparados com o mercado norte-americano. O Brasil possui uma frota de caminhões estimada em um 1,5 milhão de unidades, sendo que desse total, pelo menos 50% tem 20 anos ou mais de uso. Nos Estados Unidos, a frota de caminhões pesados e extrapesados chega a 3,5 milhões. Se forem somados os modelos menores a frota ultrapassa os 26,5 milhões de unidades. A diferença entre os países é ainda maior quando comparamos os valores do PIB. Em 2012, o Brasil fechou o ano com PIB de US$2,253 trilhões, enquanto o PIB norte-americano atingiu o valor de US$ 15,68 trilhões.
No mercado nacional, o aumento na venda e produção de caminhões refletiu também no mercado de pneus. As importações cresceram 40% neste ano. Para se ter uma ideia, os fabricantes nacionais de pneus importaram, de janeiro a agosto de 2013, mais de 670 mil pneus de carga.
De acordo com o Departamento de Economia da ABIDIP (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus), responsável pelo levantamento dos dados, o súbito aumento da importação, porém, não refletiu em preços menores, o que tem gerado críticas por parte da associação às empresas fabricantes nacionais, responsáveis por 44% dessas importações.
(Novembro/2013)