Entre os meses de junho e julho, a NTC & Logística realizou uma nova pesquisa com empresas do segmento logístico a fim de analisar e comparar os fretes praticados no mercado com os custos efetivos da atividade. A conclusão da pesquisa aponta uma defasagem expressiva na tarifa do frete: 9,81% para a carga fracionada, e o alarmante índice de 22,9%para lotação.
Em 2015, os transportes rodoviários encerraram o ano com uma defasagem de 12,9% nos fretes – culminando na queda de 8,9% no faturamento das empresas e aumento de 9,46% nos custos operacionais. Este cenário já desenhava números baixos também para 2016 em todo: as vendas de caminhões no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, recuaram 32% em relação ao mesmo período do ano passado.
Tal defasagem é resultado de vários fatores, desde o acúmulo da inflação aos aumentos nos custos dos insumos, como combustível, salário e manutenção dos veículos. O preço do diesel, por exemplo, é um fator de grande impacto, já que o seu preço oscila bastante. Em comparação a julho do ano passado, o diesel subiu 7%. Considerando gasolina, etanol e diesel, a queda de venda nos postos chegou a 3,7% no primeiro semestre de 2016. Os preços, porém, não param de subir.
Essa pesquisa NTC & Logística é realizada duas vezes por ano, com o objetivo de conscientizar o empreendedor sobre a importância da compreensão de seus custos e, consequentemente, da cobrança correta pelo serviço prestado. Além desses índices que apontaram defasagem nos valores praticados para os fretes, os dados reforçam o panorama de estagnação ao setor, uma vez que 77% dos empresários afirmaram queda no desempenho financeiro e 65,4% deles contam com uma média de 11,2% da frota parada.
(Setembro/2016)
