O mercado de caminhões chegou ao seu ápice em 2011, com registro de 172.657 emplacamentos. Desde então, os resultados não são nada animadores para o setor. Se em 2014, as 137.052 vendas apresentavam uma queda de 11,3% em relação a 2013, os dados de 2015 foram bem piores, com 66.210 unidades comercializadas até o fim de novembro, queda de 46,3% ante as 123.355 unidades para a mesma época do ano anterior. Apesar do ano fraco, em dezembro as vendas de caminhões tiveram crescimento de 17,8% sobre o fraco mês de novembro, com 5,5 mil unidades.
Esse problema atinge todos os tipos de veículos automotores no país. Entre os caminhões, a participação dos extra-pesados caiu de 36,2% para 27,4% em 2015, mas os leves subiram dos 19,8% de market share para os 26,4%, num resultado que aponta a tendência, vista em 2015, para a compra de caminhões para entregas urbanas.
Para 2016, as expectativas são de uma leve melhora para o setor. Segundo a Fenabrave, embora seja esperado um novo desaquecimento nos negócios, ele deverá ser mais sutil que no ano anterior. A tendência é de leve aumento da safra de grãos, o que pode aumentar a demanda por caminhões pesados e extrapesados. Outro fator positivo é a renovação obrigatória da frota em alguns segmentos, que pode ser auxiliada com um possível programa de renovação de frota, de acordo com expectativa da Fenabrave, que negocia a medida com o governo federal desde 2013.
