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Setor automotivo opera com ociosidade de 70% e 18 mil funcionários em lay-off

Representantes de montadoras e associações do setor de transporte têm se manifestado com frequência para comentar os dados do segmento. Segunda maior montadora de caminhões e ônibus do país, a MAN estimou que a indústria de veículos comerciais pesados está operando com ociosidade próxima de 70%. O presidente da empresa na América Latina, Roberto Cortes, certifica que o setor caminha para produzir cerca de 120 mil veículos em 2015, sendo a capacidade da indústria de aproximadamente 400 mil unidades.

Em entrevistas à imprensa, Cortes disse que acredita que os fatores principais que estão derrubando o desempenho da indústria de caminhões são a instabilidade política, o baixo nível de confiança dos consumidores, a recessão econômica e o aumento dos juros no financiamento a bens de capital, assim como a alta de custos decorrente da inflação e da desvalorização cambial. O executivo falou também do impacto provocado pela paralisação de grandes obras de infraestrutura e pelo corte nas compras de caminhões e ônibus pelo governo.

Em contrapartida, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Luiz Moan, afirmou que a crise no setor automotivo é “absolutamente momentânea”, sendo prova disso o fato das montadoras não terem cancelado os investimentos no país e continuarem modernizando seus produtos e construindo fábricas. Ele ainda atestou que o setor espera se recuperar no segundo trimestre de 2016, perspectiva baseada na conclusão do ajuste fiscal do governo e melhora na exportação.

Em participação de audiência pública promovida na Câmara dos Deputados, o presidente certificou que os fabricantes de veículos têm dado sua contribuição para a melhora do cenário, promovendo férias coletivas e suspensão temporária do contrato de trabalho de 18 mil funcionários. Além disso, algumas montadoras estão se articulando para aderir ao Plano de Preservação do Emprego (PDE), que prevê redução de carga horária e salários.

Apesar desses esforços, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o crescimento de 56% no número de desempregados em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, um recorde. Isso significa que mais de 660 mil pessoas entraram nesse grupo. A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas avaliadas pelo IBGE aumentou para 7,5% em julho, a taxa mais alta para o mês desde 2009.

O Ministério do Trabalho estima que os setores ligados à indústria automotiva fecharam 38,7 mil postos de trabalho nos primeiros seis meses do ano, correspondendo a 11% do total de vagas encerradas no mercado formal durante o período.

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