Aumento do diesel impacta diretamente no valor do frete
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Aumento do diesel impacta diretamente no valor do frete

Com a disparada dos preços do petróleo influenciada pela geopolítica mundial, a Petrobrás fez em março novos reajustes nos preços de gasolina e diesel, após quase 2 meses de valores congelados nas refinarias. O aumento foi grande: para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, ou seja, uma alta de 24,9%.

O preço do diesel impacta diretamente o transporte de carga. De acordo com a NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), o combustível, um dos maiores custos da atividade de transporte, representa de 35% a 50% dos gastos totais do valor do frete e, desde dezembro de 2020, o aumento do diesel atingiu patamar superior a 75%, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

Como consequência dos novos preços do diesel, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) atualizou a tabela dos pisos mínimos do transporte rodoviário de cargas. A nova publicação trouxe variação de 11 a 14% do referencial mínimo de frete, dependendo do tipo da carga e número de eixos. A tabela é atualizada duas vezes ao ano, mas pode sofrer outras alterações quando o percentual de aumento do preço do combustível nas bombas ultrapassa os 10%.

Neste cenário de aumento de preço e variações de um posto para outro, despontam algumas iniciativas voltadas aos profissionais dos transportes. O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região e Instituto Paulista de Transporte de Cargas (IPTC) lançaram uma ferramenta para acompanhamento dos aumentos do combustível em 106 municípios do estado. A medida, porém, está disponível só para associados. Os dados brutos vêm do levantamento semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

A ANP, por sua vez, declarou Sobreaviso no Abastecimento de Combustíveis no Brasil e, com isso, os agentes econômicos deverão enviar, diariamente e não semanalmente, as informações solicitadas sobre estoques e importações, até que seja declarado o seu encerramento. Assim, neste momento de incertezas, o monitoramento mais dinâmico do abastecimento pode ajudar na definição de possíveis ações preventivas.

Os especialistas, porém, concordam num ponto: com o aumento dos combustíveis, as transportadoras dificilmente evitarão aumento nos valores dos fretes, para incorporar o custo dos insumos. Levantamento da NTC&Logística de fevereiro já mostrava que o valor do frete estava defasado em cerca de 13,3%, em meio à alta de custos. Com o aumento recente do diesel, em patamares tão elevados, essa defasagem fica maior ainda.

(Março/2022)


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